Sempre em defesa da agricultura familiar da segurança alimentar e nutricional dos direitos humanos dos negros e indígenas da mulher da criança e do adolescente

Biografia

Uma vida de compromisso

João Carlos Siqueira é filho de Urucânia, cidade da Zona da Mata de Minas Gerais. É o quinto filho entre os quatorze irmãos nascidos da união de Tito Siqueira com a saudosa Ana Maria Ségala.

João Carlos trabalhou com os irmãos na pequena propriedade da família na comunidade de Contendas. Ali iniciou os estudos e em 1984, ingressou no Seminário Nossa Senhora da Assunção, em Mariana, onde cursou o Ensino Médio. Posteriormente foi para o Seminário São José, onde fez Filosofia e Teologia.

No tempo de preparação para o sacerdócio sempre esteve próximo das iniciativas sociais, acompanhando os trabalhos pastorais em comunidades pobres, unindo fé e compromisso com a vida do povo. Em 1994, após concluir os estudos no Seminário, foi trabalhar na Paróquia Sagrada Família, município de Ouro Branco, onde atuou com os leigos e leigas em projetos sociais.

Foi ordenado padre em 8 de julho de 1995 pelo arcebispo Dom Luciano Mendes de Almeida. Permaneceu em Ouro Branco como pároco da Matriz de São José Operário. Enfrentou enormes desafios junto à comunidade, pautando grandes temas como a geração de renda, o combate às drogas, buscando soluções pela segurança alimentar das famílias, bem como o direito à moradia digna.

Assim nasceu a Horta Comunitária no Bairro São Francisco, em parceria com a Associação São Francisco de Assis (ASFA), e o Sopão Comunitário, que atendia diariamente centenas de moradores, sobretudo crianças e gestantes. Projetos de esporte e lazer, com construção de quadra poliesportiva e também de reciclagem de lixo foram desenvolvidos.

POLÍTICA EM MINAS GERAIS

Como resultado deste trabalho, Padre João foi indicado pelo Movimento Fé e Política para concorrer à Prefeitura de Ouro Branco nas eleições de 2000. Não foi eleito, mas contribuiu para a vitória de dois vereadores e para o fortalecimento do Partido dos Trabalhadores. Em 2002, neste mesmo processo, Padre João foi indicado ao cargo de Deputado Estadual. Foi eleito com mais de 47 mil votos e reeleito em 2006 com o apoio de 53.175 mineiros.

 

Sua atuação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sempre foi pautada pelos mesmos princípios que nortearam sua vida e seu ministério sacerdotal: compromisso com a vida e com os mais necessitados. Como presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial trouxe para o legislativo mineiro a pauta da Agricultura Familiar. Também foi membro das Comissões de Administração Pública e Constituição e Justiça e atuou em duas CIPEs (Comissão Interestadual de Estudos Parlamentar), uma sobre a Bacia do Rio Doce e outra sobre a Mineração.

 

Autor de vários projetos que se tornaram Leis estaduais como: a que cria incentivos para a agricultura urbana e periurbana; a lei das micro destilarias, do banco de sementes cultivares locais, comunitárias e crioulas; que trata do cultivo extração, consumo e comercialização da macaúba, além da que assegura direitos dos atingidos por barragens e outros empreendimentos.

 

Também neste período acompanhou a luta de diversos movimentos sociais e sindicais, em especial dos servidores públicos da Educação e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), de trabalhadores do campo e da cidade; sem-terras, atingidos por barragens, estudantes, povos indígenas, quilombolas e o movimento de moradia.

SUA MISSÃO CONTINUA EM BRASÍLIA

Em 2010, após decisão da Assembleia Geral do Mandato e de lideranças políticas e movimentos sociais, Padre João foi indicado para ser candidato a Deputado Federal. Foi eleito com 111.651 votos vindos de 760 municípios mineiros. Atuou como membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família e propôs em 2011, a criação da Subcomissão Especial para tratar sobre o Uso dos Agrotóxicos e suas Consequências à Saúde. O relatório foi aprovado pelo plenário da Comissão e é referência para agentes de saúde pública e ambientalistas e é pioneiro no parlamento brasileiro.

 

A saúde das pessoas e a proteção do meio ambiente foram o foco do trabalho neste período. Foi assim a discussão no projeto do Código da Mineração, que ainda está em tramitação, que recebeu 19 emendas do parlamentar e visa proteger a saúde dos trabalhadores do setor, aumentar a participação da população nos processos de licenciamento ambiental e fortalecer a resistência das comunidades ao proibir mineração em terras indígenas, quilombolas e em áreas de reconhecidas riqueza hídrica, histórica, arqueológica e paisagística.

 

Em 2014, foi reeleito com 112.722 votos. Continua com os mesmos compromissos, sempre em defesa da agricultura familiar, da segurança alimentar e nutricional, dos direitos humanos, dos negros, indígenas, da mulher, da criança e do adolescente. Atualmente Padre João preside a Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, a Frente Parlamentar de Educação do Campo e é membro titular da Comissão de Direitos Humanos e das Comissões Especiais sobre demarcação de terras indígenas, sobre a lei de sementes e cultivares e sobre o uso dos agrotóxicos. Em 2016 presidiu a Comissão de Direitos Humanos.

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